terça-feira, 17 de julho de 2012

Brasilia Kubitschek de Oliveira

Que prazer reler este livro! "Brasilia Kubitschek de Oliveira" não conta somente a história de JK, mas também a de cada um de nós, brasileiros. Antes de começar a falar (MUITO) sobre este livro, vou compartilhar com vocês um acervo de fotos antigas de Brasilia, que encontrei em um site de História que eu sigo. Deliciem-se!


Construção da Catedral

Chegada a Brasilia da Caravana de Integração Nacional em 02 de Fevereiro de 1960

Conjunto Nacional

Construção da Esplanada dos Ministérios

Construção da Torre de TV

Construção do Congresso Nacional

Futuras instalações do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto

Construção do Congresso Nacional

Construção do Supremo Tribunal Federal

Construção dos Ministérios e do Congresso Nacional

Dia da inauguração de Brasília 21 de Abril de 1960

Catedral

Inauguração do Aeroporto Internacional de Brasília

Construção do Memorial JK

Local onde hoje é o Lago Paranoá

Operários

Palácio da Alvorada

Construção do Planetário e Centro de Convenções

Operários trabalhando na calçada da Praça dos 3 Poderes

Primeiro avião da FAB a pousar em Brasilia



terça-feira, 10 de julho de 2012

:EU ERA,SIM,UMA ROSA

"E eu então,mulherzinha de 8 anos,considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era,sim,uma rosa"


Dotada de um estilo simples, porém extremamente profundo, Clarice Lispector sabe nos tocar da maneira mais singela. Ao ler o conto "Restos do carnaval" do livro escolhido da vez FELICIDADE CLANDESTINA, me vi menininha de 8 anos e pude assim como a protagonista experimentar cada sensação...cada ansiedade. Gosto de leituras assim, que nos conduzem pelo enredo mas principalmente que nos fazem sentir.

Clarice Lispector é capaz de transformar por meio de sua escrita algo rotineiro em um evento cheio de significações. Suas palavras quando colocas no papel criam mais do que sentido, criam vida. Com a sua leitura somos capazes de sentir cada instante e é disso o que eu gosto nela. Gosto de ir até onde poucos autores vão: o íntimo da alma humana. Um escritor definiu bem como a autora conduz as suas narrativas: " O que,aparentemente,é uma narrativa simples e despretensiosa,quando desvendada,adquire peso material,por remeter o leitor a uma reflexão sobre verdades universais".

Ao procurar sobre os livros da autora,decidi que FELICIDADE CLANDESTINA seria o livro da vez. O título me chamou atenção e a idéia sobre a reflexão do que seria a felicidade tornaram a escolha ainda mais interessante. Não há como entendermos a clandestinidade da felicidade se não sabemos, de fato, o que ela é e o que representa para cada um de nós.

O livro é composto por 25 contos e o título é dado pelo primeiro conto que é felicidade clandestina.

Espero que assim como eu vocês experimentem cada sensação,

Um beijo,

Marina Costa

quarta-feira, 6 de junho de 2012

A Saga de Tião


O livro da vez foi A Saga de Tião, escrito por mim e pelo meu amigo Lucas Paio.

A idéia para o livro surgiu de maneira bem peculiar: nos idos de 2007, minha então recém formada turma de publicidade, decidiu reviver os velhos tempos de encontros na região de Formiga, MG. Sempre passávamos feriados e fins de semana no sítio de um amigo à beira da represa de Furnas. Pois bem, resolvemos que depois do trabalho, numa sexta-feira a noite, sairíamos em comboio até o supracitado antro de perdição. As condições da viagem não eram nada favoráveis e as estatísticas e filmes de adolescente diziam que deveríamos repensar a viagem. Chovia, era noite, a estrada tortuosa e razoavelmente desconhecida. No meu carro íamos eu, Lucas Paio e mais duas amigas. Saímos de Belo Horizonte já conformados com o destino. Me despedi desta vida comendo um último Big Mac. Partimos.

A tensão reinava no carro e era possível ouvir os pensamentos de cada um. Quebramos o silêncio com a constatação da realidade: vamos morrer. Toda turma de amigos que sai numa empreitada perigosa como esta, em busca de diversão, morre. A ironia do fatídico fim nos fez escapar pelo bom humor. Lucas observou que ninguém morre do que espera. Não seria um acidente de carro que acabaria com a gente. O que era nosso estava guardado no meio do mato. Pensamos que o ponto final se daria assim: o pneu do carro furaria e seríamos obrigados a parar no acostamento escuro e molhado. Um homem vestindo uma máscara do Jiraya, saído sabe-se lá de onde, nos surpreenderia com sua motosserra e poria fim naquelas vidas breves.

Foi assim que nasceu o Tião Jiraya, cuja saga, até aquele dia nebuloso, contaríamos em um blog escrito a duas mãos, sendo cada capítulo escrito por um autor, alternadamente, sem delineamento prévio e o mais absurdo possível. Ao final de cada episódio, o autor deixa uma frase estapafúrdia que deve ser encaixada no próximo capítulo, fazendo o mínimo de sentido. E essa é A Saga de Tião, que pode ser lida aqui ou comprada por aqui.

domingo, 18 de março de 2012

Globo Reporter Especial: Atentado na rua Tonelero

Queridos,

Encontrei partes de um programa especial sobre o atentado a Carlos Lacerda. Achei interessante compartilhar esses vídeos com vocês, embora eles não tenham uma sequencia bem definida. Me parece que partes do programa foram perdidas pela pessoa que postou no youtbe. De qualquer maneira, é muito legal ver os rostos dos personagens que conhecemos no último livro. Destaco o segundo vídeo, que mostra o assassino Alcino na reconstituição do crime, 24 anos mais tarde. Espero que se empolguem como eu me empolguei.











Beijos, Bella

Brigadeiro Eduardo Gomes e sua importância gastronômica



O último livro do "Domingo Literário", AGOSTO, mencionou um personagem real da história do Brasil, o Brigadeiro Eduardo Gomes. Além de seu destaque como aviador, militar e ministro, Gomes tem uma importância gastronômica para os brasileiros: em sua homenagem surgiu o tão famoso docinho brigadeiro.

Segundo contam, o Brigadeiro era um homem bonito, de físico avantajado, muito charmoso e solteiro. Com o slogan "Vote no Brigadeiro que é bonito e solteiro", o candidato a Presidência da República de 1945 fez grande sucesso entre as mulheres. Um grupo delas, moradoras do requintado bairro do Pacaembu, na cidade de São Paulo, organizou diversas festas em prol da sua candidatura. Diz a história que numa dessas ocasiões, criaram um doce que misturava leite condensado, chocolate e manteiga. Apesar do doce apoio recebido, a eleição foi ganha pelo General Eurico Gaspar Dutra. Entretanto, para deleite de todos nós, a culinária brasileira ganhou essa delícia que tem adeptos de todas as idades de norte a sul do Brasil e que, com imigração brasileira para os quatro cantos do mundo, tem se tornado mundialmente conhecido e apreciado.



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Um atentado na Rua Tonelero



Esta foto eu tirei em dezembro de 2006, enquanto eu lia o AGOSTO pela primeira vez. Eu estava numa viagem ao Rio de Janeiro e não pude deixar de dar um pulinho na Rua Tonelero, cenário do atentado ao jornalista Carlos Lacerda, descrito no livro.

Essa mistura de realidade e ficção foi exatamente o que me levou a indicar essa obra de Rubem Fonseca para nosso encontro literário. Acho legal o jeito que o autor consegue combinar os fatos históricos com um suspense irreal.

A princípio, o enredo pode parecer um pouco confuso, cheio de personagens e acontecimentos paralelos. Mas com o passar das páginas tudo vai fazendo sentido. Afinal, são três os núcleos da história: o assassinato do empresário Paulo Gomes Aguiar, o atentado a Carlos Lacerda e a morte de Getúlio Vargas. No final, todos eles se misturam, mas isso vocês vão descobrir depois.

Pra facilitar nossas vidas, fiz uma listinha com os principais nomes que a gente deve saber:


Gregório Fortunato (Anjo Negro): chefe da guarda pessoal de Getulio Vargas. Casado com Juracy.
Alberto Mattos: Comissário de polícia. Sua honestidade era considerada pelos contraventores como uma ameaça, uma manifestação de orgulho e demência (pag. 12). Responsável pela investigação do assassinato de Gomes Aguiar.
Rosalvo: investigador, trabalha nos plantões com Mattos.
Ramos: delegado titular do distrito em que Mattos trabalha.
Climério Euribes de Almeida: integrante da guarda pessoal do presidente e compadre de Gregório.
Alcino: carpinteiro desempregado que foi convocado por Climério para realizar o atentado da Rua Tonelero.
Soares: amigo de Alcino.
Carlos Lacerda: Jornalista de esquerda, conhecido como "corvo". Criticava e manifestava-se contra Getúlio Vargas.
Major Vaz: auxiliar e "capanga" de Carlos Lacerda
Galvão: famoso criminalista. Advogado do chefe da quadrilha de falsários. No local do crime de Gomes Aguiar se apresentou como amigo da família, acompanhado pelo primo da vítima.
Cláudio Aguiar, primo da vítima.
Paulo Gomes Aguiar: industrial, cerca de 30 anos, casado com Luciana Gomes Aguiar. Insdustrial. Foi assassinado em seu apartamento.
Luciana Gomes Aguiar: esposa da vítima.
Nilda: empregada que encontrou o morto.
Antônio Carlos: técnico da perícia.
Comissário Maia: Substitui Mattos na delegacia.
Alice: ex-namorada de Mattos.
Salete: Amante de Mattos. Tem 21 anos e é bancada por Luiz Magalhães.
Nelson Raimundo de Souza: taxista. Climério e Alcino pretendiam fugir em seu taxi depois que Alcino matasse Lacerda.
Pádua: comissário. Trabalha na mesma delegacia de Mattos.
Laura: cafetina do Senadinho (bordel em frente ao Senado).
Pedro Lomagno: Sócio de Gomes Aguiar. Amante de Luciana Gomes Aguiar.
Souza Dantas: presidente do Banco do Brasil
Café Filho: Vice-Presidente de Vargas
Ilídio: poderoso bicheiro, “aprendiz” de dois outros bicheiros: Aniceto Moscoso e Eusébio de Andrade
Vitor Freitas: político influente, amigo e sócio de Paulo Gomes Aguiar
Turco Velho: matador de confiança do bicheiro Ilídio
Valente: inspetor, subchefe da guarda pessoal do presidente da República.
Paulo Torres: novo chefe de polícia do Departamento Federal de Segurança Pública
Chicão: matador de confiança de Pedro Lomagno. Lutou na guerra e foi chamado para matar o porteiro do edicifio Deauville que dedurou Luciana Gomes Aguiar.

Espero que gostem da leitura.
Beijos, Bella

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Os Sonhos Não Envelhecem



Assim como as músicas do Clube da Esquina, o livro Os Sonhos Não Envelhecem de Márcio Borges promove um intercâmbio sinestésico entre o racional e o sensível.
Ao transpor a literatura para a contemporaneidade a nostalgia por várias vezes é exaltada. Apesar de os anos de chumbo estar inserido no período histórico em que as narrativas do Clube da Esquina se desenvolvem, não sei se o leitor deste livro compartilha da minha vontade de vivenciar os grandes Festivais de Música, de caminhar pelas esquinas de Belo Horizonte que viram nascer muitas melodias. A produção musical parecia ser inerente as ruas de Beagá.
Os fatos narrados são preenchidos de muitos detalhes, o que favorece o encontro de muitos leitores com a narrativa. Contudo, há leitores que sentem dificuldade nesse encontro em função da grande carga de subjetividade. 
 Na Nota do Autor Márcio Borges relata “procurei ser o mais fiel possível as minhas próprias lembranças, que foram minha fonte de pesquisa mais recorrente e fundamental para não dizer a única”, neste trecho torna-se notório o grau de subjetividade nos fatos posteriormente narrados. Ainda que não tenha sido intencional, o autor tenta realizar um pacto de confiança com o leitor.
No entanto, este pacto ,em minha leitura, vai diminuindo a medida que sinto a necessidade de ouvir , por exemplo, o Milton Nascimento relatando as mesmas histórias contadas por Márcio Borges. A curiosidade gerada pelo conhecimento unilateral dos fatos torna o livro inquietante em algumas passagens.   
 O que ficou deste livro?
O que não falta durante e depois da leitura é vontade de ouvir as músicas do Clube da Esquina, de tomar batida de limão e jantar no restaurante Cantina do Lucas no Edifício Malleta e é claro contar com as diversas leituras desta obra dos amigos do Domingo Literário.
Mariana Amaranto de Souza
“Da mesma forma, o nome “Clube” não designava senão uma pobre esquina, um pedaço de calçada e um simples meio-fio, onde os adolescentes da rua (e só raramente os rapazes da minha idade) costumavam vadiar, tocar violão, ficar de bobeira, no cruzamento das ruas Divinópolis e Paraisópolis. O “Clube” da esquina”.